A Mercedes chegou ao mundo das Pick ups com a nova Classe X. É uma aposta inovadora no campo do universo Premium, onde nunca antes existiu um veículo com estas características. Podem dizer que é um clone da Nissan Navara – e é verdade – mas a imagem não engana: os novos Classe X têm tudo a ver com a Mercedes e, se estão posicionados no universo dos veículos comerciais, também são uma alternativa no mundo dos veículos destinados a uma utilização no campo do lazer, uma alternativa à loucura dos SUV.
Para aumentar a abrangência desta oferta, a marca de Estugarda criou três propostas alternativas. O "Pure" está virado para o trabalho. Tem jantes em aço e uma grelha anterior com muito plástico protector, que contrasta com opções com mais, ou muito mais, brilho de cromados e aço polido, disponíveis nas opções "Progressive" ou "Power", que podem ser vistas como um piscar de olho da Mercedes a clientes que apreciam actividades radicais e exigem mais do que um SUV pode oferecer.
Os Mercedes Classe X são grandes nos seus 5,34 metros de comprimento e, se foram desenvolvidos com base na Nissan Navara, apenas estão disponíveis com a cabine dupla. Mas há opções que podem mudar a sua personalidade. Passam por opcionais como um "roll-bar" (942 €), o revestimento em plástico da caixa de carga (365 €) que pode ter uma cobertura rígida (2.623 €), enrolável (2.508 €) ou até uma capota rígida (5.165 €) ao estilo das "Wagons" à americana.
Os bancos da versão ensaiada não fogem aos padrões de qualidade da Mercedes. São cómodos, garantem um bom apoio lateral e o bem-estar em viagem longas. O espaço para os ocupantes dos bancos dianteiros é irrepreensível e na traseira é interessante, mesmo para três adultos.
Mas este motor também conta com uma opção de 163 cv, com 403 Nm entre as 1.500 e as 2.500 rpm. Ambas as versões estão disponíveis com opções 4x2 e 4x4 (comutável) e podem contar com uma caixa manual de seis velocidades ou uma automática de variação contínua.
A Mercedes conseguiu afirmar o seu ADN num modelo que não é apenas um clone da Nissan Navara. É evidente que há pontos de contacto (era impossível que fosse de outra forma), mas também há grandes diferenças...
No lado positivo, temos de ressaltar o excelente trabalho dos engenheiros da Mercedes na regulação da suspensão traseira. É certo que a Nissan Navara evoluiu muito a este nível na sua última geração, mas utilizando o mesmo chassis (travessas e longarinas) a Mercedes conseguiu optimizar o desempenho da geometria multibraços do trem traseiro. No lado negativo, é pena encontrar num Mercedes um motor barulhento que, na versão com caixa automática, é amplificado pelo "gritar" da transmissão contínua. Mas vamos por partes...
Em auto-estrada, o Classe X surpreende pelo conforto oferecido. Não há diferenças importantes face a muitas berlinas, para já não falar nos SUV que até podem estar mais próximos desta proposta. Nas estradas sinuosas por onde andámos, ficou claro que, mesmo nas zonas com constantes alterações nos eixos de apoio, não se nota o adornamento excessivo, que compromete a estabilidade direccional.
É certo que estamos a falar nas versões 4x4 4MATIC, que são capazes de afrontar as subidas mais íngremes, ultrapassar cursos de água com 60 centímetros de profundidade, descer os mais acentuados declives graças ao DSR (Downhill Speed Regulation), onde o condutor apenas tem que virar o volante, ou superar inclinações laterais de 49,8 graus.
Há um mundo de diferenças entre a proposta da Nissan e a oferta da Mercedes. Elas são evidentes ao nível da qualidade dos materiais, propostas de equipamento, do conforto e, logicamente, da imagem. Mas os preços entre os clones variam em cerca de 20 por cento, e isso obriga a fazer contas...
PREÇOS DESDE:
X220 d |
4x2 |
2.298 cc |
163 cv |
38.086 € |
X220 d 4MATIC |
4x4 |
2.298 cc |
163 cv |
46.705 € |
X250 d |
4x2 |
2.298 cc |
190 cv |
41.137 € |
X250 d 4MATIC |
4x4 |
2.298 cc |
190 cv |
47.676 € |